Arte rupestre no Parque Natural da Serra da Estrela

Em Vide, concelho de Seia, próximo da aldeia de Cabeça, junto a uma antiga mina de extração de metais, perto de um caminho ligado à transumância, fica o mais recente achado da Serra da Estrela: "cerca de quatro lajes planas de xisto com centenas de gravuras como círculos, motivos tipo ‘ferraduras’, covinhas e cruciformes", segundo o presidente da APIA.

Em Vide, concelho de Seia, próximo da aldeia de Cabeça, junto a uma antiga mina de extração de metais, perto de um caminho ligado à transumância, fica o mais recente achado da Serra da Estrela: "cerca de quatro lajes planas de xisto com centenas de gravuras como círculos, motivos tipo ‘ferraduras’, covinhas e cruciformes", segundo o presidente da APIA.

É a primeira vez que são detectados sitios de arte rupestre na área do Parque Natural da Serra da Estrela. Em existam outros sitios próximos como nas freguesias de Vide e Teixeira (Seia) e em várias freguesias da Covilhã

O sitio em causa, está localizado próximo da aldeia de Cabeça, numa zona florestal que era já conhecida dos pastores que ali passavam com o gado. A população local dizia que "eram pegadas dos mouros". Infelizmente, não havia a consciencia da necessidade de preservação e os proprios pastores também fizeram algumas das gravuras usando normalmente o método da martelagem com um percutor duro. Alguns dos motivos criados por estes são cruciformes e podomorfos(pés).

O sitio já foi inventariado em termos de património arqueológico pelo Centro de Interpretação de Arte Rupestre de Vide, fundado em 2008 pela associação APIA (Associação Portuguesa de Investigação Arqueológica). 

Segundo o presidente da APIA: “Toda esta arte rupestre com mais de 1.000 sítios de arte rupestre é uma das maiores concentrações de arte rupestre da Europa e está esquecida pelo poder local que, em primeiro lugar, deveria acautelar a sua preservação, apoiando o seu estudo para que se possam desenvolver mais circuitos arqueológicos e turísticos e utilização deste património como uma alavanca do desenvolvimento regional, numa região carecida de atividade económica”.

ESTADO DE CONSERVAÇÃO:

Segundo Nuno Ribeiro, “O estado de conservação das lajes é bastante bom”.